sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Movimentos Sindicais cobram postura diferente do governo do Estado

Movimentos Sociais e Sindicais são recebidos pelo Secretario de negociação do estado, para tratar sobre a greve da saúde.

Uma comissão representativa dos Movimentos Sociais e Sindicais catarinenses, participaram hoje pela manhã, dia 30 de novembro, de uma audiência com o gerente de Auditoria da Folha de Pessoal da Secretaria da Administração, Décio Augusto de Vargas.

O grupo tinha como objetivo pedir para que o governo sente para negociar com os/as servidores/as da saúde, mas novamente recebeu uma negativa, mostrando mais uma vez a falta de respeito e consideração que o governo do estado tem para com os seus/suas trabalhadores/as.

Além do tratamento abrupto que o governo tem dado para os/as servidores/as grevistas, bloqueando a folha de pagamento e registrando Boletim de Ocorrência, com alegação de abandono de incapaz, caracterizando os/as grevistas como criminosos/as. Agora ele trata os Movimentos Sindicais e Sociais de Santa Catarina de forma desrespeitosa, seja jogando spray de pimenta nos/as sindicalistas, como aconteceu na última segunda dia 26 de novembro, e até não valorizando o pedido das entidades para que o governo negocie com os/as servidores/as.

Na audiência foram levantados diversos pontos e questionamentos sobre a precarização do serviço público e em especial do setor da saúde, de acordo com Anna Julia Rodrigues, Secretaria Geral da CUT-SC, todas estas falhas caracterizam a falta de gestão do serviço público por parte do governo do estado e a falta de uma política salarial “Hoje são mais de mil servidores/as da saúde que estão em greve, o gestor maior que é o governo precisa sentar com o sindicato para que possam chegar num consenso. O que nós queremos, como representantes de entidades sindicais e sociais, é saúde pública de qualidade e que o/a servidor/a seja valorizado/a”, ressaltou Anna Julia.

Representante do Fórum Catarinense em Defesa da Saúde pública e professora da Rede estadual de ensino, Adriana Carvalho, destacou que não há possibilidade de acabar um movimento grevista sem uma proposta concreta por parte do estado “Nós da educação estamos cansados disto, da outra vez que nós fizemos greve na educação, nós voltamos a trabalhar e o governo não sentou para negociar conosco, então essa possibilidade não existe, os/as servidores/as da saúde só voltam a trabalhar depois de uma proposta decente deste governo”.

O representante da Associação dos Praças de Santa Catarina – Aprasc, Manoel João Costa, destacou que a culpa deste estado de caos é do governo “Não dá para o governo penalizar os/as servidores/as, quem criou esta situação foi uma atitude irresponsável do governo. Não dá agora para o governo se esconder e vir com a conversa de que não negocia, é preciso ter uma postura e resolver o caos que ele mesmo colocou”.


Para finalizar a audiência, percebendo a falta de flexibilidade e desinteresse por parte do Secretário em resolver e atender a categoria dos/as servidores/as da saúde, o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Urbano, Rodoviário, Turismo, Fretamento e Escolar de Passageiros da Região Metropolitana de Florianópolis – Sintraturb, Dionísio Lendel, alertou do caos que o estado pode ter, caso não solucione o problema com os/as servidores/as da saúde “O nosso recado foi dado, agora a luta é de toda classe trabalhadora, essa greve da saúde passou o portão entre saúde e governo e já perpassa por toda a população. Nós enquanto trabalhadores/as vamos cumprir o nosso papel histórico e o quanto for preciso nós vamos fazer a luta”, ressaltou Dionísio.

A greve da saúde continua e agora os Movimentos Sociais e Sindicais programam atividades e manifestações para o decorrer da semana que vem, o governo continua irredutível, mas esta atitude esta fortalecendo cada vez mais e unindo todos/as os/as servidores/as públicos e trabalhadores/as da iniciativa privada, pois saúde, educação, segurança e transporte fazem parte das políticas públicas e afetam toda a população. Fonte: CUT/SC por Sílvia Medeiros.

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